quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Eixo VIII – Estágio Curricular

Durante o meu estágio, que realizei no primeiro semestre de 2010, constatei que as atividades que envolviam as diferentes mídias como o rádio, televisão, computador, jornal, celular, etc., motivaram os alunos a participarem com entusiasmo e interesse. Neste sentido, percebi que seria importante aproveitar o prazer que os alunos sentiam em realizar as atividades, através dos recursos das mídias, com a possibilidade da aquisição de conhecimentos e principalmente com a interação social com o mundo a sua volta.

Para aprimorar o meu trabalho busquei fundamentação teórica em autores como Paulo Freire e Vygotsky, que consideram a aquisição do conhecimento do homem uma manifestação, partindo dos aspectos de interação do seu “eu” com o mundo exterior. Assim o processo de construção do saber acontece de maneira consciente, no qual o educando é levado a condição de questionador em todas as instâncias do processo educativo. De acordo com a concepção sócio-histórica ou sócio-interacionista, o sujeito se constitui e constrói seu conhecimento, a partir de suas interações com o meio e com o outro.

O estágio que desenvolvi com a turma de Educação de Jovens e Adultos, Etapa II, na Escola de Educação Especial Joâo de Barro - APAE de Três Cachoeiras foi muito gratificante. A partir do projeto “O mundo a sua volta”, que iniciou com o objetivo de ampliar os conhecimentos relacionados ao tempo e espaço, a partir das relações sócio-histórico culturais, de forma contextualizada, considerando o seu município, comunidade e escola, abriu um leque de oportunidades para novos conhecimentos como, meio ambiente, meios de comunicação, valores através de boa convivência em todos os grupos sociais que fazem parte, cálculos de adição, subtração e noções de divisão e multiplicação, etc., envolvendo todos os conteúdos propostos.

Por isso, é importante estarmos atento a todas as manifestações dos alunos, tanto oralmente como no seu comportamento nas atividades que estão realizando, pois permite conhecermos as necessidades e curiosidades dos alunos permitindo a intervenção do professor para novas aprendizagens.

“A curiosidade como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno vital. Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fizemos”. (FREIRE, 2001 p.53).

Abraços!!

Um comentário:

Nadie Christina disse...

Oi querida,

está muito bem fundamentada a tua reflexão sobre o papel das mídias e a necessidade de articular as propostas com a interação social e a "leitura" do mundo ao seu redor.
Por falar em mídias, como se construiu ou está se construindo essa questão no teu TCC? Sei que o tema do teu trabalho contempla (ou contemplava) e gostaria de saber um pouco mais...Deixo o convite para complementares.
Um grande beijo e votos de um ótimo final de semana!
Profa. Nádie