quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Workshop 2009 /Segundo Semestre


No dia 21 de dezembro, apresentamos no Pólo de Três Cachoeiras, o workshop do eixo VII/segundo semestre de 2009.

A banca foi composta pela professora Dóris e a tutora Graciela Rodrigues, onde estavam nos avaliando, juntamente com as colegas que faziam parte deste workshop 2009.

É interessante, pois não é a primeira vez, que apresento o meu Portfólio de Aprendizagens, mas sempre, fico nervosa, ansiosa e com receio de esquecer, o que havia planejado falar no dia do workshop, para todos da banca.

Mas, quando chega o momento e começo a falar, parece que as coisas vão fluindo naturalmente e quando menos espero, o tempo passa tão depressa, que às vezes, percebo que havia mais coisas a dizer.

O Power Point é um instrumento que me auxilia, desde a minha primeira apresentação em 2006 e que até hoje, ainda utilizo para os workshops. O meu primeiro Power Point me deixou muito orgulhosa de mim, pois naquele momento, foi uma grande conquista que realizei e que ainda continuo a descobrir maneiras para aprimorar o meu trabalho no final de cada semestre.

Neste semestre, para realizar a apresentação final, a equipe docente do eixo VII, propôs que refletíssemos e analisássemos três questões que interligavam conceitos entre as Interdisciplinas deste semestre, apresentando as nossas aprendizagens durante o eixo VII, relacionando e integrando estes conceitos que são fundamentais para a construção do conhecimento de crianças, jovens e adultos.

Os conceitos que relacionei são: Cultura, Comunicação, Linguagem, Planejamento, Avaliação, Letramento, alfabetização, Aprendizagem.

Para realizarmos um planejamento contextualizado e flexível, temos que conhecermos as características e especificidades culturais dos nossos alunos, que é fundamental para o processo de aprendizagem.

Abraços!

Shirley

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Temas Geradores

Tema Gerador é uma proposta metodológica fundamentada na teoria dialética do conhecimento. Sem diálogo para Paulo Freire, não há comunicação e sem ela não há a verdadeira educação. Por isso, percebemos a importância da comunicação dialógica, pois permite que o diálogo seja igualitário, no respeito com o seu semelhante, entendendo que esta comunicação é um ato de reflexão e ação, com o outro e com o mundo, tornando-nos capazes de transformar a nossa realidade.

O uso de temas geradores favorece a aprendizagem, pois permite que o professor se intere daquilo que o aluno conhece, numa ação democrática e dialógica, trazendo a sua cultura para dentro da sala de aula e oportunizando a exploração das questões relativas ao tema, o que permite que o aluno construa uma visão crítica da realidade e poder então, transformá-la, tornando esta aprendizagem mais significativa e prazerosa.
É necessário que o professor reveja o seu fazer pedagógico, e deixe para trás, as práticas tradicionais rígidas, como Paulo Freire denomina “educação bancária”, de transmissor do conhecimento num aluno apenas receptível, passivo, para um educador que oportunize espaços para o diálogo e participação ativa do mesmo. Partindo então, do contexto em que o aluno está inserido, ajudando-o a pensar criticamente sobre este mesmo contexto, possibilitando assim, que ele aplique o que aprendeu na realidade concreta, pois a busca do conhecimento conduz a liberdade e a educação.


Abraços!
Shirley

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pedagogia de Projetos

O trabalho por projetos favorece a cooperação, a participação, o diálogo, e a integração dos conteúdos a partir de uma temática, de forma contextualizada, partindo do interesse e curiosidade dos alunos, através da pesquisa de diferentes fontes como conversas, livros, internet, experiências, etc.
Ele torna a aprendizagem muito mais ativa, interessante e prazerosa, pois permite que aluno através das investigações de diferentes maneiras, busque a solução de um problema, sendo este o ponto de partida para uma temática a ser pesquisada. Este tipo de trabalho globaliza o conhecimento de forma flexível, levando em consideração, principalmente o conhecimento prévio dos alunos.


Sou a favor do trabalho por projetos, mas o mesmo apresenta muitos desafios, que devemos observar e tentar resolvê-los, como a definição do tema ou eixo temático, pois é em torno dele, que todo o trabalho será desenvolvido, por isso a importância do tema ser do interesse dos alunos, tornando as aprendizagens mais significativas. Outro desafio que muitos professores enfrentam na realização do trabalho por projetos, é na ruptura das práticas tradicionais que às vezes, sem perceber trazem informações ou respostas prontas referentes ao trabalho, impedindo assim que o aluno pense por si mesmo e construa o seu próprio conhecimento. O modo de avaliação, também é outro grande desafio que enfrentamos, pois o mesmo deve ser observado e registrado em todo o desenvolvimento do projeto e não somente no final deste trabalho.
É um desafio que devemos enfrentar e buscar meios para que possamos resolver tais dificuldades que encontramos no decorrer de um trabalho por projetos.

Abraços!!!
Shirley

domingo, 18 de outubro de 2009

Escola e Família

A realidade das nossas escolas, prioriza uma educação tradicional de autoritarismo, sendo o professor quem determina o que e como, desenvolver os conteúdos, de forma mecânica e isolada.
Percebo isso, na alfabetização que é concebida como a apropriação da leitura e escrita de forma descontextualizada. Este modo de letramento que ainda vemos nas escolas, não é o correto, pois entendo que a função da educação é oportunizar os alunos condições de atuarem na sociedade com autonomia e criticidade.
A família, ainda não participa da vida escolar dos alunos, deixando a responsabilidade da educação, apenas para as instituições, como se a educação fosse algo isolado da família e da sociedade em geral, como algo mecânico e isolado.
Nós professores precisamos envolver a família nas atividades escolares, além de conscientizá-los da importância dos mesmos, na vida escolar dos seus filhos, pois desta forma a escola juntamente com a família, proporcionará uma educação na busca de um indivíduo participativo, crítico e autônomo.

Abraços!!!
Shirley

Currículo Integrado ou Fracionado!!!

Infelizmente, as escolas, continuam realizando atividades mecânicas de memorização, sem nexo e descontextualizadas, um trabalho de forma fracionada. Portanto, não estamos deixando espaço para os nossos alunos pensarem e participarem do processo de construção do conhecimento.
É importante que os nossos alunos saiam da escola para o mercado de trabalho com um olhar mais crítico, onde os professores não estejam apenas preocupados com os “conteúdos” que devem ser dados, em tempo determinado.

A escola deve ser um espaço para a aquisição de conhecimentos, que permitam o desenvolvimento das competências e habilidades para a inclusão na vida social e profissional.


Abraços!


Shirley

sábado, 17 de outubro de 2009

"Seu nome é Jonas"

O filme “Seu nome é Jonas” retrata a dificuldade que as pessoas surdas enfrentam em se comunicar e interagir numa sociedade ouvinte, que não respeitam e nem aceitam as diferenças existentes no ser humano, tratando-os com indiferença e negando o poder de ir e vir das pessoas.
A falta de informação e orientação da família e da sociedade faz com que as pessoas surdas, sejam discriminadas, injustamente no seu dia-a-dia, na família e na sociedade. Naquela época, as pessoas surdas eram diagnosticadas como doentes mentais, sendo privadas do convívio da família e internadas em instituições.
Comparando com os dias de hoje, sabemos que ainda há preconceito e discriminação com a comunidade surda, enfrentando dificuldades em se comunicar com as pessoas ouvintes, pois são poucas que conhecem a língua de sinais.
Assim como Jonas, muitas pessoas buscam e esperam por mais apoio, e aceitação dentro da sociedade, que quer um modelo de cidadão, e esquece que cada pessoa é única, possui limitações, interesses próprios, necessidades e habilidades diferenciadas.
Acredito que a realidade das pessoas surdas demanda de uma comunicação diferenciada, pois assim poderão se construir como sujeitos participativos e atuantes no ambiente que estão inseridos, por isso, é importante que a Língua de Sinais seja difundida nas escolas regulares e em outros ambientes de conhecimento, envolvendo todas as pessoas ouvintes, propiciando a pessoa surda, sua interação com a família e a sociedade, tornando-o um cidadão crítico e atuante.
Abraços!!!
Shirley

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Currículo Integrado

A partir do texto “As origens da Modalidade de Currículo Integrado” de Santomé percebemos que a cultura escolar muito se assemelhou com os processos de produção “Taylorismo e Fordismo", pois naquela época os trabalhadores eram considerados inferiores às máquinas tecnológicas do momento. Sua função era meramente produzir, não tinham direito sobre a decisão do processo de trabalho, sobre o produto, as condições e o ambiente. Para os trabalhadores não eram exigidos nenhuma qualificação e por isso eles podiam ser substituídos facilmente, pois o trabalho era demasiadamente simples e mecânico.
Esta política de trabalho serve de comparação ao processo educacional da época. Na escola, era esperado apenas o desempenho final dos alunos, assim como nas empresas. Nestes ambientes o que se esperava de seus freqüentadores era a obediência e submissão. Tanto os trabalhadores, quanto os alunos não tinham o direito de intervir na forma como as empresas trabalhavam, nem os alunos nos processos educativos.
As práticas trabalhistas e educacionais daquele momento eram fundamentalmente fragmentadas, não estabeleciam nenhuma relação com a realidade e, portanto desconexas e sem sentido para trabalhadores e educandos. Nas indústrias o trabalho que predominava era fragmentado através de esteiras, no qual cada trabalhador era responsável por apenas uma única função, não entendendo sobre a totalidade da produção. Neste mesmo sentido observamos o funcionamento escolar, no qual o currículo era descontextualizado, distante da realidade dos alunos. Além disto, os conteúdos ensinados não tinham qualquer ligação entre si, impossibilitando a compreensão e construção de novos saberes. O objetivo da escola era formar cidadãos aptos a obedecer e produzir, suprindo as exigências do mercado de trabalho da época.
Como vimos, a fragmentação dos processos de produção e a cultura escolar estavam relacionadas, pois o mercado de trabalho exigia profissionais com habilidades limitadas à obediência e submissão, desta forma a escola buscava formar cidadão com este perfil.
Abraços!
Shirley

A cultura surda e comunidade surda

Entende-se que no Brasil com a sua diversidade de culturas regionais existentes, a comunidade surda, também faz parte desta pluralidade cultural. Por isso, é importante reconhecer que todos são capazes, com direitos iguais a qualquer outra pessoa, sendo ela ouvinte ou não e que possa assim sentir-se parte integrante da sociedade.
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), é a língua natural da comunidade surda, tem suas próprias estruturas gramaticais, que devem ser aprendidas do mesmo modo que outras línguas. Ela difere das línguas orais por utilizar a visão em vez da audição, sendo capaz de expressar e interagir com o mundo.

Assim como para nós, ouvinte é difícil à compreensão da linguagem utilizada pelos surdos (Língua Brasileira de Sinais), para eles, também é muito difícil o que falamos sem ajuda de um interprete por isso se não temos conhecimento da língua de sinais, podemos nos comunicar com as pessoas surdas, olhando nos seus olhos, fazendo gestos, dramatizando, utilizando expressões faciais e corporais.
Compreende-se por cultura surda o modo como o sujeito surdo entende o mundo e tenta modificá-lo, tornando-o mais acessível e habitável, oportunizando a pessoa surda maior autonomia e identidade com relação a sua cultura e necessidades.
É fundamental que nós, professores, tenhamos conhecimento da língua de sinais, LIBRAS, para podermos interagir e participar da cultura surda, compartilhando dos seus interesses, conhecedor de seu contexto e de suas necessidades.
Abraços!!!
Shirley

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Parecer CEB no 11/2000

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), a partir da Lei 9.394 no Parecer 11/2000, passa a ser uma modalidade da educação básica nas etapas do ensino fundamental e médio com finalidades e funções específicas, destinada as pessoas que não tiveram acesso ou que não conseguiram dar continuidade aos seus estudos, no tempo normal de escolarização.
Esta reparação irá garantir a esses cidadãos, o conhecimento e o desenvolvimento de suas habilidades e competências, num nível melhor de qualificação profissional e social.

Desta forma apresenta as seguintes funções:
Função Reparadora:
Permite o acesso a escolarização de qualidade, aos indivíduos, que não conseguiram se alfabetizar ou continuar os seus estudos, no tempo normal de escolarização.
Função Equalizadora: Busca restabelecer a trajetória escolar do indivíduo, o qual foi negado sua formação por qualquer razão, possibilitando a igualdade de oportunidades a todos os seres humanos.
Função Permanente: Propicia a todos os indivíduos a atualização de conhecimentos para toda a sua vida, também chamada de Função Qualificadora. Esta função é o próprio sentido da EJA.
Muitos destes jovens e adultos se encontram, por vezes, em faixas etárias próximas às dos docentes. Por isso, os docentes deverão se preparar e se qualificar para a constituição de projetos pedagógicos que considerem modelos apropriados a essas características e expectativas.Desse modo, as instituições que se ocupam da formação de professores são instadas a oferecer esta habilitação em seus processos seletivos. Para atender esta finalidade elas deverão buscar os melhores meios para satisfazer os estudantes matriculados. As licenciaturas e outras habilitações ligadas aos profissionais do ensino não podem deixar de considerar, em seus cursos, a realidade da EJA

Modelos de Letramento

A partir da leitura do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” de Kleiman, 2006, e da análise das imagens do Power Point, percebi que a escola, a mais importante agência de letramento, não está preocupada com o letramento social, mas somente com um tipo de letramento o escolar, como afirma a autora. A escola prioriza apenas a alfabetização, como processo de aquisição dos códigos (alfabético, numérico), a qual é concebida em termos de uma competência individual do aluno, sendo esta, necessária para o sucesso e promoção escolar.
As outras agências de letramento como a família, a igreja, a rua, etc. apresentam, também, orientações diferentes sobre esse mesmo letramento, mas que infelizmente, não é aproveitada na escola, devido à preocupação de alfabetizar os alunos de forma mecânica, com métodos tradicionais esquecendo-se dos saberes e experiências que eles trazem do seu contexto social.
Ler e escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-la, mas na possibilidade de usar esse benefício na forma de expressão e comunicação, reconhecidas e necessárias, legítimas em um determinado contexto cultural.
Como vimos no texto existem dois modelos de letramento, o modelo autônomo, onde está centrado em textos escritos, na escolarização formal e não depende de novas estratégias e o modelo ideológico que entende que as práticas de letramento mudam segundo o contexto em que o aluno está inserido e a sua participação mais efetiva.
Analisando esses dois modelos de letramento, podemos dizer que a escola ainda, centraliza a sua ação, no modelo autônomo, num processo neutro, independente do contexto social, buscando apenas, desenvolver no aluno, habilidades de leitura e escrita.
Segundo o texto “Levando em consideração o fato de que os objetivos que nos interessa atingir no ensino são aqueles de uma pedagogia culturalmente relevante (Erickson, 1987) e crítica (Freire, 1980), devemos concluir, que o modelo ideológico do letramento, que leva em conta a pluralidade e a diferença, faz mais sentido como elemento importante para a elaboração de programas dentro dessas concepções pedagógica”.


Abraços!!!

Shirley

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Múltiplas Linguagens

A partir do texto “A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais” de Maria Isabel Dalla Zen e lole Faviero Trindade, podemos perceber que não se fala, não se escreve ou não se lê, sempre do mesmo jeito, pois existe uma variação lingüística devido às diferenças culturais próprias de um determinado grupo social, sofrendo alterações na linguagem escrita e oral.
De acordo com Kleiman, 1995: "A escrita também não é uma modalidade fixa, não é sempre formal/ sofisticada/planejada, assim como a fala não é, em todas as situações de comunicação, informal/coloquial e sem planejamento."
As diferenças que ocorrem em relação à fala ou à escrita são a partir da multiplicidade de discursos, as maneiras diferentes que encontramos no cotidiano das pessoas em falar e escrever, pois tudo depende da situação que em que ocorre, como numa conversa com amigos, onde a fala, seria mais informal, usando um vocabulário simples, diferente de uma entrevista de emprego ou uma palestra que usaríamos uma linguagem mais formal.
Percebemos as mesmas diferenças na linguagem escrita, como no bilhete que escrevemos para um amigo, usamos um vocabulário mais simples, diferente de um documento, um ofício que tem exigências formais e técnicas para redigi-lo.
Podemos dizer que existe a linguagem falada mais formal, culta e uma linguagem mais simples do cotidiano das pessoas. Assim também, na escrita como uma linguagem acadêmica, com regras específicas e a mais informal.
Devemos trabalhar com os nossos alunos, apresentando esta diversidade sociocultural, possibilitando outras aprendizagens, novos conhecimentos, a questão do certo e do errado na linguagem, pois como há diferentes formas de falar, não podemos dizer que há culturas certas ou erradas.
Que a fala e a escrita nem sempre estão relacionadas e para que isso aconteça à escola deve mostrar, além da “língua padrão” de escrita, com regras ortográficas, que existem formas diferentes de escrever e falar o mesmo assunto, podendo assim conforme a situação em que se encontrar poder expressar-se adequadamente.
Abraços!

Shirley

Pedagogia de Comênio

A partir da leitura dos textos propostos no enfoque temático 2, da Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, percebi que encontro no meu cotidiano escolar elementos da pedagogia de Comênio, onde trabalho com meus alunos a partir da realidade das crianças, valorizando as suas experiências e potencialidades. Considero importante o trabalho com imagens, pois permite que o aluno faça a leitura da mesma, expressando-se oralmente, como preparação para futura alfabetização.
As idéias de Comênio foi um marco para a educação na sua época, propiciando mudanças na metodologia de ensino, e que até hoje, podemos perceber os vestígios das suas idéias, que encontramos em algumas das nossas escolas como educação para todos, construção do conhecimento através da experiência, observação e ação.
Segundo Jan Amos Comênio, "A proa e a popa da nossa Didática será investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais”.


Abraços!
Shirley

quarta-feira, 2 de setembro de 2009



Estamos iniciando o EIXO VII do Curso de Graduação em Pedagogia-Licenciatura_ 2009/2.

Nossa primeira aula presencial aconteceu no dia 27 de agosto com as Interdisciplinas de Linguagem e Educação e Seminário Integrador VII. Neste mesmo dia, fizemos uma homenagem a nossa Querida Professora Nádie que está nos deixando, para iniciar o Pos-Doutorado nos Estados Unidos. Sentiremos muito a sua falta, mas sabemos da importância de estarmos nos aperfeiçoando e para isso precisamos enfrentar novos desafios.

Professora Nádie...Obrigado por fazer parte da minha História Acadêmica/ Pedagogia UFRGS, que é muito importante em minha vida!

PARABÉNS!!! Sucesso nessa Nova Etapa em sua vida!!!

Te Adoro!!

Shirley

domingo, 14 de junho de 2009

Desenvolvimento Moral

Após, a leitura dos textos propostos pela interdisciplina de Psicologia II e com base no referencial Piagetiano sobre o Desenvolvimento Moral, para a realização dessa atividade, irei relatar uma das minhas experiências que vivenciei em sala de aula.
Atualmente trabalho numa Escola de Educação Especial e durante estes cinco anos que leciono, aconteceram várias situações envolvendo alunos com atitudes agressivas, tanto verbalmente como fisicamente, com professores e colegas.
Lembro-me de um fato, que ocorreu em sala de aula, com uma turma de ciclo I, com idade entre 8 e 10 anos, onde dois alunos começaram a se agredir fisicamente com “pontapés”, porque um deles, estava rindo, do desenho que o outro estava fazendo, o colega não gostou e rasgou o trabalho do outro que estava rindo, ocasionando esta atitude agressiva entre os dois alunos.
Segundo o texto “Significações de violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?”, “[...] Com base nesta referência, é possível afirmar que as crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental (7-10 anos) estão construindo as noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade. Este processo tem características peculiares que incidem no comportamento. Durante esta construção, é importante que o professor esteja atento aos acontecimentos, pois ele poderá auxiliar as crianças a refletirem sobre as diferentes situações vivenciadas na escola” (PICETTI, p.3).
Neste momento, tive que interferir, para que os dois se acalmassem e assim pudesse conversar com eles sobre o ocorrido. Como sempre, no inicio do ano criamos, juntamente com os alunos, as regras de boa convivência e as causas que ocorrem para quem as infringe, onde relemos e advertimos até duas vezes, antes de tomarmos decisões mais graves, que seria perder algum passeio (os alunos que decidiram as causas para quem infringe as regras).
Para Piaget a criança possui dois tipos de moral, ou seja, a relação que ela tem com os seus pares e com os adultos, são elas a moral heterônoma que resulta na coação do adulto sobre a criança e a moral autônoma que resulta no respeito mútuo e das relações de cooperação.


Segundo o texto “Reflexões sobre a moralidade na escola”, de Liseane Silveira Camargo, “A moralidade ao ser estudada por Piaget (1994), indicou duas principais formas de estabelecer relações e respeito: uma permeada pela coação adulta e pelo respeito unilateral e outra em que predomina a cooperação, a reciprocidade e o respeito mútuo”.
No caso que relatei acima, os alunos precisaram de outras pessoas, no caso a professora, para resolverem a situação que os levou a tais atitudes agressivas que apresentaram naquele momento.


Segundo Piaget (1994) “...a fase da moral heterônoma é a mais predominante em nosso desenvolvimento”. Entende-se que a moral da criança no início é praticamente heterônoma, pois ela depende de uma vontade exterior, como no caso acima foi da professora, como também, pode ser dos seus pais ou das pessoas que ela respeita.
Buscamos todos os anos, através de projetos, resgatar os valores de respeito, amizade, cooperação, solidariedade, companheirismo, etc., mas ainda presenciamos atitudes agressivas entre os alunos e até mesmo com os professores, o que nos deixa apreensivas quanto ao nosso trabalho.
Acredito, realmente, que os projetos que são impostos pelos professores, não são compreendidos pelos alunos, pois não são vivenciados e experimentados por eles, tornando-se algo sem significado na sua vida.
Nesse sentido segundo Jaqueline Picetti “Seria importante a escola inserir no seu contexto o respeito pelo processo de desenvolvimento da moral, não tachando mais certos comportamentos como violentos, mas como característica de uma determinada fase da construção da autonomia da criança, pois, para que o sentimento de justiça se desenvolva, são necessário o respeito mútuo e a solidariedade entre as crianças e os adultos.”

Diversidade Cultural


A partir da leitura do texto "Era uma vez uma menina muito bonita: Uma prática pedagógica relacionada com a questão racial em uma turma de alfabetização", de Luciane Andréia Ribeiro Leite, analisei a minha prática pedagógica que realizei com os meus alunos, na atividade V_ primeira parte, com o tema “Diversidade Cultural”, onde foram envolvidos os conceitos cultura, etnia, descendência, respeito, preconceito e racismo.
Sabemos que as crianças não nascem com uma consciência formada, que ela resulta de um processo social, com a sua interação com o meio e da ação que ela produz de acordo com o momento histórico e econômico que vive. Se o meio apresenta uma ideologia dominante, autoritária e de desigualdade social, as pessoas começam a descriminá-las, porque são diferentes dela, ocasionando assim, o preconceito racial.
Portanto, é fundamental trabalharmos, nas escolas, sobre discriminação e o preconceito racial com os nossos alunos, pois é um lugar que podemos discutir, debater e nos conscientizarmos sobre a diversidade cultural, que existe entre nós, valorizando e respeitando as pessoas.


Segundo Luciane Andréia Ribeiro Leite em seu texto menciona a seguinte citação:

“... o ambiente escolar é um espaço rico para trocas, dadas as variadas vivencias que diariamente fazem parte deste cenário, mas em alguns momentos é também um espaço propicio para disputa e exclusão”.

sábado, 6 de junho de 2009

Método Clínico Piagetiano

Conservação da Massa (quantidades contínuas)
A prova foi realizada na escola em que o aluno estuda. Como ele mora perto da escola, pedimos para que viesse no turno inverso do seu turno de aula.
Utilizamos uma sala de atendimento individualizado, o qual possui mesa, cadeira, tapete, jogos e um computador.
O ambiente foi tranqüilo e já era conhecido pelo aluno.
Relato da aplicação da prova
1º) Transformação da bolinha em salsicha
2º) Transformação da bolinha em bolacha
3º) Divisão da bolinha em vários pedaços
Análise
O aluno mostrou satisfação em ser convidado para participar do teste. Não apresentou nervosismo em nenhum momento, até mesmo porque ele não tem consciência do que significa um teste, pois não está acostumado a isto.
Observamos que este aluno se encontra no estádio Pré-operatório por apresentar características semelhantes a este estádio. O aluno tem 12 anos de idade e apresenta algumas características do estádio Operatório Concreto, mas as características predominantes se referem ao estádio anterior. Acreditamos que o quadro de deficiência mental do aluno possa contribuir para esta situação.
Neste estádio a criança já é capaz de conservar objetos que não estão mais em seu campo visual, procurando-o em outros lugares. Foi isto que aconteceu com nosso aluno, pois quando visualizou o experimentador transformar um dos dois pedaços de bolinhas em salsicha ou bolacha, foi capaz de dizer que se voltasse à forma de bolinha ficaria igual.
Neste período são constituídas as operações lógicas de classificação e seriação, conservações físicas de substâncias, peso, volume e conservações espaciais de comprimento, área e volume espacial e conceito de número. Porém o aluno apenas consegue realizar operações lógicas de classificação e seriação, pois em nosso teste, não conservou as quantidades de volume e massa.
Outro aspecto central do pensamento pré-operatório é a irreversibilidade do pensamento, a criança não consegue converter relações. A criança não consegue percorrer um caminho cognitivo, e então inverter mentalmente a direção, para reencontrar um ponto de partida.
Na aplicação do teste, o aluno não conseguiu responder as perguntas de antecipação feita pelo experimentador, pois não conseguiu formular mentalmente o processo de transformação da bolinha para a salsicha, bem como para a bolacha, ou o inverso.
Abraços!!!

Autismo

A partir da leitura do texto "Autismo: Atuais Interpretações para antigas observações" de Cleonice Bosa, pude entender um pouco mais sobre este tema. Como a autora destaca "... o autismo é uma síndrome intrigante, porque desafia o nosso conhecimento sobre a natureza humana. Compreender o autismo é abrir caminhos para o entendimento de nosso próprio desenvolvimento".
Penso que algumas características são semelhantes na maioria dos casos, mas cada autista tem o seu ritmo e características próprias. Temos que desmistificar a idéia que todo autista vive isolado, não se socializa, não aprende e que apresentam o mesmo comportamento, pois como já vimos o autismo tem diferentes graus: severo, moderado e leve, por isso é importante conhecermos este aluno e estabelecer vínculos afetivo, pois esta aproximação irá influenciar tanto no desenvolvimento, quanto na sua aprendizagem.

Certamente, não é somente os autistas que possuem ritmo e caracteristicas próprias, pois todos nós, também temos as nossas particulariedades, somos seres únicos com nossas habilidades e dificuldades para determinadas situações que vivenciamos no dia-a-dia.

É fundamental o comprometimento do professor em observar, avaliar, pesquisar e usar estratégias adequadas para cada aluno, principalmente os nossos alunos com necessidades especiais, proporcionando a eles, melhor qualidade na vida escolar e do seu dia-a-dia com a família, amigos,etc.


Abraços!!!

Projeto de Aprendizagem 2009

Pergunta central
COMO SURGIU O HÁBITO DE TOMAR CHIMARRÃO NO RIO GRANDE DO SUL E QUAL A SUA INFLUÊNCIA NO MODO DE VIVER DOS GAÚCHOS?





Componentes do grupo:

Daiane Matos de Matos
Letícia Justo Bock
Shirley de Oliveira Borges


O nosso grupo está muito animado com o novo Projeto de Aprendizagem sobre o "CHIMARRÃO".
O primeiro encontro foi realizado no dia 25 de maio, na casa da Letícia e como sempre o chimarrão estava presente esquentando a noite fria que iriamos passar para darmos início aos trabalhos do projeto de aprendizagem.
Neste dia foi elaborada a pergunta central "Como surgiu o hábito de tomar chimarrão no Rio Grande do Sul e qual a sua influência no modo de viver dos gaúchos?", criamos a página inicial do Projeto de Aprendizagem no pbworks, (ainda estou me acostumando com a mudança de pbwiki para pbwork), e as certezas e dúvidas provisórias. Adorei a nossa página inicial e a pergunta central é uma curiosidade de todo o nosso grupo. Vai ser muito interessante!!!



Dia 05 de junho de 2009
Hoje, o grupo se reuniu na casa da Daiane e novamente o chimarrão não podia faltar. além de nos esquentar nas noites frias, que está fazendo, já é um hábito do grupo. Retomamos as Certezas e as Dúvidas Provisórias, criamos uma página para registrar no pbwork do nosso Projeto de Aprendizagem. Iniciamos o Plano de Trabalho que iremos desenvolver para alcançar os nossos objetivos e criamos, também as páginas para o Diário de bordo do grupo, da Letícia, da Daiane e o meu, o fórum para discussões, trocas e curiosidades, Mapa Conceitual e Síntese Final.


Abraços!!!
Shirley




Concepções de Índio

A partir da leitura do texto “Os índios no Brasil: quem são e quantos são”, escrito pelo representante do povo Baniwa, Geisen dos Santos Luciano é possível compreender a luta e o sofrimento que os povos indígenas passaram e ainda passam contra a exploração e o descaso das pessoas e dos seus governantes com a história e a cultura diversificada desses povos.
Desde 1.500, quando Pedro Álvares Cabral, invadiu o Brasil, até os dias de hoje, os povos indígenas foram explorados e discriminados. A história nos apresenta que nesta época existiam pelo menos 5 milhões de índios e que atualmente este número foi reduzido, a pouco mais de 700.000 índios em todo território brasileiro.

A denominação de "índio", por muito tempo teve um sentido pejorativo como os não civilizados, preguiçosos, incapazes e sem cultura. Mas, com o apoio das organizações indígenas percebemos que o índio de hoje, tem orgulho da sua cultura e da reafirmação da sua identidade verdadeiramente indígena.
Segundo o texto “As atuais gerações indígenas nascem, crescem e vivem com um novo olhar para o futuro, potencialmente possível e alentador, diferente das gerações passadas que nasciam e viviam conscientes da tragédia do desaparecimento de seus povos”.

Embora possuam alguns traços culturais comuns, as populações indígenas, diferenciam-se por apresentarem características específicas como as diferentes línguas, maneiras de ver, agir e viver no mundo, maneiras que são peculiares de cada cultura e em cada tempo histórico.
“Essa diversidade cultural dos povos indígenas demonstra a multiplicidade de povos e das suas relações com o meio ambiente, com o meio místico religioso e a variação de tipos de organizações sociais, políticas e econômicas...”.
É importante conhecermos e refletirmos sobre os diferentes grupos indígenas que existem no Brasil, com o propósito de construir uma nova abordagem para o ensino da história dos povos indígenas, sua diversidade de línguas, culturas e de pensamento.
É com esta realidade de exploração, sofrimento, conquistas e de valorização da cultura vivenciada pelas populações indígenas que iremos trabalhar com os nossos alunos e não com a imagem idealizada de que os índios são iguais, vivem da caça, pesca, que plantam, pintam seus corpos e rostos e usam penas na cabeça.
Segundo o texto “A reafirmação da identidade não é apenas um detalhe na vida dos povos indígenas, mas sim um momento profundo em suas histórias milenares e um momento de conquista e vitória que se introduz e marca a reviravolta na história traçada pelos colonizadores europeus, isto é, uma revolução de fato na própria história do Brasil”.


Abraços!!!

Educação, Civilização e Barbárie

Após a leitura do texto “Educação após Auschwitz” do filósofo alemão Theodor Adorno, podemos perceber a preocupação do autor em evitar que Auschwitz se repita e deixa claro a importância da educação no processo de conscientização das pessoas em expressar afeto, respeitar e posicionar-se frente a diferentes situações da sua vida.
A barbárie que ocorreu em Auschwitz demonstra a indiferença e a frieza de pessoas autoritárias com relação aos seus semelhantes, humilhando-os, aterrorizando-os, numa violência incontrolável, tornando assim, uma civilização oprimida e estruturada em dimensões destrutivas.
Conforme o texto, Adorno afirma que “Aquele que é duro contra si mesmo adquiri o direito de sê-lo contra os demais e se vinga da dor que não teve a liberdade de demonstrar, que precisou reprimir”.
São importantes os vínculos de afeto, pois ele compreende as atitudes das pessoas diante das experiências de vida, promove impulsos e emoções diferentes, influenciando o pensamento e a conduta das pessoas.
Sabemos que não é somente resgatar sentimentos fraternos entre as pessoas, mas também o conhecimento e a reflexão sobre si mesmo. Segundo o autor, “A educação só teria pleno sentido como educação para a auto-reflexão e crítica”.

A educação é fator primordial na vida do ser humano, principalmente na educação infantil, na primeira infância, na qual ela deverá proporcionar ambientes de afeto, carinho, de reflexão, autoconhecimento, compreensão da realidade social, formando cidadãos críticos e participativos.
Segundo o autor Adorno “Crê-se que o quanto mais bem forem tratadas as crianças, quanto menos forem negadas na infância, mais chances elas terão”.

No meu trabalho, em sala de aula, sempre proporciono momentos de reflexão, discussão e debate, incentivando-os a expressar seus sentimentos e ouvir os sentimentos dos outros, mostrando assim, o valor desta ação.
Mesmo assim, já tivemos momentos difíceis, com alunos agredindo fisicamente e verbalmente os outros, mas o diálogo é fundamental para resolver os conflitos existentes no dia-a-dia.
Theodor Adorno diz “O fato de as pessoas já não terem vínculos seria responsável pelos acontecimentos”.


Abraços!!!

domingo, 24 de maio de 2009

Deficiência Física

Após a leitura dos textos sugeridos e com a minha experiência com Ed. Especial, é fundamental conhecermos os recursos e serviços (TA) que auxiliam e ampliam as habilidades das pessoas com deficiência, proporcionando a elas, melhor qualidade de vida e a sua inclusão em todas as atividades na escola e na sua vida social.
Realmente, as pessoas olham as crianças com deficiência como incapazes, com "pena", e não as desafiam a novos conhecimentos, somente realizam atividades de acordo com suas limitações.
Segundo o texto "Conhecendo o aluno com deficiência física" de Rita Bersch e Rosângela Machado, "Se propusermos situações de acordo com a limitação da criança, ela não encontrará motivos para se sentir desafiada".

Abraços!!!

História da África – História e Cultura

A partir da leitura sugerida na Interdisciplina Questões Étnico-Raciais na Educação, do texto “Auto Imagem e Auto-Estima na Criança Negra: um Olhar sobre o seu Desempenho Escolar” da autora Marilene Leal Paré, realizei as entrevistas com dois alunos que estudam no ensino regular da escola estadual do nosso município.
A partir das entrevistas conclui que os dois meninos não sofriam nenhuma forma de preconceito ou discriminação na escola, pelos seus colegas ou professores, havendo uma relação positiva entre ambos.
Respeitam e valorizam a sua etnia, afro-descendente, falando dos seus familiares com orgulho e muito carinho, demonstrando grande aceitação da sua negritude e dos valores de seu povo.
As situações vivenciadas nas entrevistas apresentam uma situação diferenciada da que foi mencionada no texto de Marilene Leal Pare, mas sabemos que isso são exceções, pois ainda encontramos muito a desvalorização e a discriminação das pessoas afro-descendentes no Brasil, em todos os seguimentos como na escola, no trabalho e nas suas relações sociais.
Segundo o texto “O que nos foi revelado é fruto da força de um passado histórico de um povo marcado como escravo numa terra chamada Brasil, a qual apesar dos 500 anos de existência colonizada, abriga uma sociedade cujas relações são as de poder dos “superiores” sobre os “ignorantes”.
Abraços!!!

O Clube do Imperador

O filme “O Clube do Imperador” conta a história de um professor que leciona numa escola, só para meninos, onde se depara com vários conflitos morais, a partir da chegada de um aluno rebelde, indisciplinado e desinterresado em sua sala de aula.
Desde o primeiro dia de aula, o professor percebeu que este aluno não tinha interesse nos estudos, pois estava sempre debochando e ironizando, quando o mesmo estava explicando a matéria.
A partir, daquele momento, o professor começou a incentivá-lo, pois percebeu, através das boas notas que estava tirando, melhoras no seu comportamento com relação aos estudos e atitudes em sala de aula.
Neste processo de ascensão do seu aluno, o professor encontra-se num conflito difícil de resolver, pois ao corrigir a sua prova, percebeu que o mesmo ficaria em quarto lugar, no concurso Júlio César, concurso este muito importante na instituição, mas que só participariam da final, os três primeiros colocados.
O que fazer neste momento? Aumentar a nota deste aluno, dando-lhe um voto de confiança, já que estava se esforçando e melhorando seu comportamento em geral? Mas, ao mesmo tempo, desclassificaria um outro aluno que tinha conquistado o terceiro lugar, com muito esforço e dedicação, pelos seus próprios méritos?
É realmente um dilema muito difícil de resolver, mas como nós professores, sempre tentamos resolver da melhor maneira possível, mesmo que depois percebemos que não foi a atitude mais correta.
Com receio que este aluno, voltasse a ter novamente atitudes de desinteresse e de arrogância com todos na escola, o professor toma uma atitude que vai contra os seus princípios morais de justiça, respeito e ética, alterando o resultado da prova, mas que a seu ver, parecia o mais correto naquele momento, já que este menino estava demonstrando progressos significativos, para que ele ficasse entre os três classificados.
Encontra-se novamente num conflito maior, deveria ele desmascarar o seu aluno na frente de todos, já que estava colando, ou tentar fazer justiça, elaborando uma pergunta que não estava no livro? Optou, então, em resolver a situação com justiça e respeito a todos, fazendo uma nova pergunta.
O filme nos mostra que estamos sempre enfrentando dilemas em nossas vidas tanto na parte pessoal como profissional, conflito estes que nos põe a prova os nossos princípios morais de ética, respeito e justiça.
No meu ver o professor agiu corretamente, acreditando no seu aluno, motivando-o e estimulando-o, pois ele estava vendo resultados positivos num processo de crescimento contínuo e naquele momento era necessário que o professor continuasse apostando neste aluno, mesmo que agisse contra os seus princípios.
O certo e o errado, esta presente a todo o momento, na nossa profissão através de nossas ações e palavras, por isso devemos, pensar, observar e acreditar, pois é errando que muitas vezes aprendemos.

Abraços!!!



Estádios do Desenvolvimento

Em sua teoria, Piaget dividiu em períodos ou estádios o desenvolvimento intelectual (ou estruturas intelectuais) que são os períodos Sensório-Motor, Pré-Operatório, Operatório Concreto e Operatório Formal. A cada nível de desenvolvimento cognitivo, os níveis anteriores são sempre incorporados e integrados.
Segundo o texto “Epistemologia genética e construção do conhecimento”, de Tania Beatriz Iwaszko Marques, diz “Como já se tem dito seguidamente, a obra de Piaget é um perfeito exemplo de mecanismos de progressão intelectual definidos pelo autor. Logo, pode-se aplicar-lhe a idéia piagetiana de uma construção de formas de complexidade crescente por diferenciação de formas iniciais e integração de elementos diferenciados”. (MONTANGERO e MAURICE-NAVILLE, 1998, p.80).
Período Sensório-motor ( 0 a 18/24 meses)
Nesta fase a criança está explorando o meio físico, através de seus esquemas motores. A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo, por exemplo, são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Período Pré-operatório (2 a 7 anos)
A criança é capaz de simbolizar, de evocar objetos ausentes. Estabelece diferença entre significante e significado, o que possibilita distância espaço-temporal entre o sujeito e o objeto, por meio da imagem mental. A criança é capaz de imitar gestos, mesmo com a ausência de modelos.
Já pode agir por simulação. Sua percepção é global, sem discriminar detalhes. Deixa-se levar pela aparência, sem relacionar aspectos. É centrada em si mesmo (egocentrismo), pois não consegue colocar-se, abstratamente, no lugar do outro.
Período Operatório-concreto ( 7 a 11 anos)
Nesta fase a criança é capaz de realizar uma ação interiorizada, executada em pensamento, reversível, pois admite a possibilidade de uma inversão e coordenação com outras ações, também interiorizadas. Necessita de material concreto, para realizar essas operações, mas já está apta a considerar o ponto de vista do outro, sendo que está saindo do egocentrismo.
É capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Desenvolve também a capacidade de refazer um trajeto mental, voltando ao ponto inicial de uma situação.
Período Operatório-formal (11 a 15 anos)
Neste período a criança tem as estruturas intelectuais para combinar as proporções, as noções de probabilísticas, raciocínio hipotético, dedutivo de forma complexo e abstrato.
A representação agora permite a abstração total. Ela não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente.
As idades em que se observa a aquisição de novas estruturas podem variar, mas é importante saber que, na teoria piagetiana do desenvolvimento, não é possível a “queima” de etapas, isto é o indivíduo deve passar por todas as etapas.
Abraços!!!
Referências Bibliográficas:MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia genética e construção do conhecimento.

domingo, 10 de maio de 2009

Atendimento Educacional Especializado


A partir das leituras realizadas na unidade 3 da Interdisciplina Educação de Pessoas com necessidades Educacionais Especiais, “O atendimento educacional deve ser realizado, preferencialmente, em sala de recursos multifuncionais da própria escola de ensino regular, o atendimento poderá ser realizado em centros ou escolas especiais, ou ainda em classe hospitalar e na residência do próprio aluno”.
A Apae realiza estes atendimentos educacionais especializados, no turno inverso, do turno de aula do aluno, para não prejudicar a freqüência do mesmo, no ensino regular, a fim de complementar e suplementar o ensino comum.
Sabemos que o ideal, era que estes atendimentos fossem realizados no turno inverso e na mesma escola, onde o aluno estuda, mas as escolas de ensino regular do nosso município possuem poucos profissionais qualificados para este trabalho.
De acordo com o texto “Atendimento Educacional Especializado – concepção, princípios e aspectos organizacionais” de Denise de Oliveira Alves e Marlene de Oliveira Gotti, “Para atuar no atendimento educacional especializado, o professor deve ter formação específica. Esta formação pode ser adquirida por meio de cursos de graduação, pós-graduação ou cursos de formação continuada, com aprofundamento em áreas específicas da educação especial”.


Abraços!!!

domingo, 3 de maio de 2009

Educação Inclusiva

Olá Pessoal!

É muito importante esta participação e preocupação de todos com relação à Educação Inclusiva e como diz no texto “\" A Inclusão e Seus Sentidos: Entre Edifícios e Tendas\", do prof. Claudio Roberto Baptista, que diz que “O movimento de inclusão tem origens que decorrem dos limites no processo de identificação dos sujeitos com necessidades educativas especiais”, concordo com esta afirmação, pois ela deve ser ampla, onde não seja apenas uma inclusão desses alunos, mas de uma transformação da escola com garantia de qualidade para todos.
A escola, ainda, está acostumada a trabalhar com a homogeneidade e nunca com a diversidade. É difícil e dá trabalho, acredito que sim, e como disse a colega Rosana no fórum da Interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais“Devemos aprender, aceitar e conviver com as diferenças, estabelecer novas formas da prática pedagógica coletiva, dinâmica e flexível e que atenda a esta nova realidade educacional”.

Abraços!!!

sábado, 25 de abril de 2009

Aprendizagem

Estamos sempre, em processo de aprendizagem, pois em todos os momentos de nossas vidas, estamos aprendendo e aprimorando os nossos conhecimentos sobre, nós mesmos, e o mundo.

Uma aprendizagem muito significativa que ocorreu comigo, foi quando me deparei com as tecnologias da informática, onde minhas noções apenas eram de ligar e desligar o computador, digitar textos no word e salvá-los.

Quando passei no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ufrgs, Pedagogia à distância, percebi que teria muito que aprender sobre as novas tecnologias da Informação e comunicação, pois um novo ambiente totalmente virtual e desconhecido faria parte na minha vida, a partir daquele momento.

Com as experiências prévias sobre este mundo virtual, comecei a pesquisar e procurar, saber mais. E, para isso, durante o primeiro semestre da faculdade, compareci todos os dias, no pólo de Três Cachoeiras para conhecer e compreender melhor as ferramentas virtuais para realizar, os meus trabalhos da faculdade, os trabalhos da escola e, também, para o meu uso pessoal.

A partir do texto Epistemologia Genética e construção do conhecimento de Tânia Beatriz Iwaszko Marques, “As estruturas já construídas garantem a continuidade, porém reformuladas graças as nossas assimilações. Os novos elementos que obriga o sujeito a realizar acomodações das estruturas já existentes”.

Quando consegui fazer o meu e-mail e msn, foi muito gratificante e importante para mim, pois a partir deste momento comecei a ter contato virtual com professores, tutores, amigos e familiares, derrubando, finalmente, as barreiras da distância entre as pessoas.

Os conhecimentos adquiridos não paravam por ai, então, fui me aperfeiçoando e construindo novos conhecimentos a respeito das tecnologias da informática.

“Portanto, quanto mais se constroem estruturas de assimilação, mais se abrem possibilidades para aprender. Por outro lado, quanto mais se aprende, mais se constroem estruturas de assimilação, o que garante condições para novas assimilações”. (Becker, 2001, p. 20-1)

Quando apareciam as dificuldades conversava e trocava idéias com os professores e colegas da faculdade, utilizando principalmente as ferramentas como e-mail e msn.

Quando senti que podia interagir com segurança, no mundo virtual, sem medo de errar, descobri que é através dos erros, que conseguimos superar as dificuldades e avançar para novas aprendizagens, passei para uma nova fase da criação do meu bloggler, do pbwiki e do webnote.

O erro é algo nerente ao processo de aprendizagem, pois a superação do erro resulta no processo de incorporação de novas idéias e da transformação das anteriores, de maneira a dar conta das contradições que se apresentarem, para assim, alcançar níveis superiores de conhecimento.

A influência das tecnologias da informação e comunicação foram essenciais e importantes na minha vida, pois deu a continuidade dos meus estudos na faculdade, realizando as atividades e pesquisas, pela internet e postando-os no ambiente Rooda. Ainda, hoje, continuo descobrindo novas ferramentas que só vêem a contribuir para novas assimilações.

“A assimilação funciona como um desafio sobre a acomodação a qual faz originar novas formas de organização”. (Becker, 2001, p. 20-1)

Na escola que leciono, organizo atividades e realizo com os meus alunos pesquisas de acordo com o projeto que estamos desenvolvendo. Na minha vida pessoal, entro em contato com amigos e familiares com mais freqüência, estando-os mais próximos, apesar da distância.

“É a ação do sujeito que constrói este novo e fascinante mundo: o mundo do conhecimento – como forma e como conteúdo”. (Becker, 2001ª, p.20).

Dilema Ético

Após, analisar os argumentos realizados pelo meu grupo, que deveria refutar e contestar a decisão do Antropólogo francês, com os contra argumentos, do grupo 3 que defenderia a posição do mesmo, percebi que no primeiro momento, quando li o texto “O Dilema do antropólogo francês”, tinha a mesma visão do grupo que defendeu as atitudes que ele tomou, onde mentiu aos nativos sobre que todos os homens brancos eram mensageiros dos Deuses.
O francês estava certo em não interferir nas crenças e na cultura de muitas gerações, pois é daquela forma que aquele povo acredita e vive na qual deve ser respeitada e valorizada.
Mas, quando tivemos que argumentar contra a atitude dele, comecei a analisar melhor a situação e percebi que nem tudo que parece certo é realmente o correto, que deveríamos ver os dois lados e tomarmos uma decisão com um novo olhar, mais crítico e observador.
Mesmo sendo um pesquisador, o antropólogo francês, foi ambicioso e ganancioso, pensando apenas nos seus ideais e princípios de explorar e conhecer aquele povo sua cultura e crenças, deixando-os a mercê de pessoas inescrupulosas que poderiam levá-los a morte.
Ele não deveria afirmar algo, que não era verdade, pois mesmo não querendo interferir na vida daqueles nativos, esconder ou negar a verdade, deixa claro, que os povos não devem conhecer outras realidades, o que é uma ignorância das pessoas que pensam assim.

A Diversidade Étnica e a Formação da Família

Trabalhar com a noção de família é a melhor maneira de aprofundar as diversidades culturais existentes na sua realidade mais próxima, mostrando ainda que ela difere no tempo e espaço, conhecendo assim suas origens, seu desenvolvimento, suas semelhanças e diferenças.
Comecei o meu trabalho conversando com os alunos sobre a família, suas origens e costumes. Os alunos relataram oralmente o que sabem sobre a sua família: quem a compõe, quantas pessoas, se sabem o nome completo dos pais, avós, tios, primos, etc.
Desenharam a sua família e confeccionaram as casa onde moram, utilizando palitos de churrasquinho. Organizaram perguntas, onde os alunos iriam realizar em casa com os pais e também, deveriam trazer fotos da família.
Confeccionaram a árvore genealógica, com os membros da família e descobriram as suas origens, destacando as diferenças étnicas e seus costumes. Após, montaram o mosaico com fotos das famílias e perceberam que não havia negros e nem índios entre as pessoas ali expostas, mas descobriram que um colega, era bisneto de índio, pois ele comentou que seus pais haviam falado sobre o bisavô, porém não tinham fotos dele.
Realizaram um texto coletivo com as descobertas sobre as famílias da nossa turma, suas diferenças existentes e origens. É importante o respeito à diversidade, a individualidade de cada um e reconhecer a existência de diferentes modos de ser e viver, principalmente na família, na escola e na sociedade, onde vivemos numa pluralidade cultural.
Esta atividade foi realizada com a minha turma: EJA II, com idade entre 16 e 20 anos, da Escola de Educação Especial João de Barro APAE de Três Cachoeiras.

domingo, 29 de março de 2009

Educação Especial

Olá Pessoal!!!

Após, realizar a leitura dos textos e assistir aos vídeos propostos constatei as mudanças que ocorreram na história das pessoas com necessidades especiais no mundo e, em especial no Brasil. Percebi que a partir do século XIX, passou-se a estudar os deficientes de modo a procurar respostas para os seus problemas.
Assim, começou o que se chama de segregação institucional. O deficiente era tratado como doente em alguma instituição, excluídos da família e da sociedade, muitas vezes, passando ali, toda a sua vida.
Somente no final do século XX, houve um movimento de integração social, cujo objetivo era integrá-los em ambientes escolares.
Ainda, hoje evidenciamos pouco reconhecimento com relação aos portadores de deficiência física ou mental, pois percebemos que as pessoas demonstram certa indiferença e até mesmo medo, sem ao menos, conhece-los.
Mesmo considerando que as propostas pedagógicas contemporâneas buscam eliminar as práticas de segregação, é perceptível o estranhamento da sociedade quando nega o acesso à escola aos que tem uma condição distinta (física, comportamental, cultural...), na medida em que não provê seus espaços com condições necessárias para sua permanência e nem recursos materiais, capacitação de professores e adaptações arquitetônicas.

Abraços!!!

domingo, 22 de março de 2009

Aula Presencial

Nossa primeira aula presencial aconteceu no dia 18 de março de 2009, quarta-feira às 19 horas no Pólo de Três Cachoeiras com a Interdisciplina do Seminário Integrador VI. Neste dia quatro grupos apresentaram os seus trabalhos dos Projetos de Aprendizagem que realizaram no semestre passado.

Após, as apresentações houve um momento para discussões, debates e reflexões sobre Projetos de Aprendizagem, onde pude tirar minhas próprias conclusões sobre o mesmo:
#Os PAs proporcionam pesquisa;
#Esclarece dúvidas;
#Faz descobertas;
#surgem interação dos grupos e trocas de experiências;
#Integração dos conteúdos (português, matemática, história...)

Nesta perspectiva fica bem mais interessante e significativa as nossas aulas, pois propicia uma interação dos alunos e dos professores na construção coletiva do conhecimento. Os projetos partem da curiosidade dos alunos e somente contecerá na medida que eles buscam respostas para os seus questionamentos.

Abraços!!!

Shirley


Recomeçar 2009

É sempre bom recomeçar cada etapa da nossa vida mais confiantes de que tudo será melhor. Que esse novo semestre seja melhor e mais produtivo  e que proporcione  à todos ricas aprendizagens

 Um ótimo início de semestre para todos

Abraços!!!

Shirley