segunda-feira, 14 de abril de 2008

Memórias e Educação

Durante muito tempo, o planejamento do ensino de Estudos Sociais, foi marcado apenas por datas comemorativas, heróis e um profundo sentimento patriótico, onde os alunos recebiam os conteúdos e decoravam nomes, datas “importantes” e realizam provas objetivas. Os conhecimentos se davam através da memorização e repetição oral dos textos contidos nos livros didáticos.
Com base nesse método de ensino, o professor ignorava a realidade do aluno, a tentativa de reflexão, de pensamento e de crítica que o conhecimento histórico pudesse trazer para uma leitura mais profunda do passado, do presente e do futuro. Como aluna, vivi este momento, onde os conteúdos eram transmitidos e decorados, sem debates, reflexões e discussões sobre os assuntos abordados.
No início da minha trajetória docente, também pensava que o ensino de Estudos Sociais, era apenas um repasse de conteúdos pré-estabelecidos, principalmente de datas comemorativas como “Dia do Índio”, “Dia das Mães”, “Tiradentes”, etc. Mas, aos poucos, percebi que estes conhecimentos não acrescentavam no desenvolvimento cognitivo e intelectual dos nossos alunos, pois, os mesmos, não participavam ativamente com reflexões, pesquisas e debates em grande grupo.
Através da leitura do texto “Do acaso a Intenção em Estudos Sociais”, de Maria Aparecida Bergamaschi, pude perceber a importância de um planejamento no ensino de Estudos Sociais, onde devemos respeitar o saber prévio dos alunos, os seus interesses e as diferenças culturais existentes na comunidade, tornando assim, uma aula mais ativa e eficaz,
Para que isto, aconteça de fato, o professor precisa planejar para poder alcançar objetivos e metas, que visam ações organizadas, flexíveis e significativas. O aluno passa de um ser passivo, nas aulas, para um ser ativo, a procura de hipóteses e soluções, para as suas dúvidas, através de pesquisas na família, na comunidade, em revisas, jornais, nos passeios em museus, bibliotecas, no bairro, etc.


Abraços!!!

Shirley

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