segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Modelos de Letramento

A partir da leitura do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” de Kleiman, 2006, e da análise das imagens do Power Point, percebi que a escola, a mais importante agência de letramento, não está preocupada com o letramento social, mas somente com um tipo de letramento o escolar, como afirma a autora. A escola prioriza apenas a alfabetização, como processo de aquisição dos códigos (alfabético, numérico), a qual é concebida em termos de uma competência individual do aluno, sendo esta, necessária para o sucesso e promoção escolar.
As outras agências de letramento como a família, a igreja, a rua, etc. apresentam, também, orientações diferentes sobre esse mesmo letramento, mas que infelizmente, não é aproveitada na escola, devido à preocupação de alfabetizar os alunos de forma mecânica, com métodos tradicionais esquecendo-se dos saberes e experiências que eles trazem do seu contexto social.
Ler e escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-la, mas na possibilidade de usar esse benefício na forma de expressão e comunicação, reconhecidas e necessárias, legítimas em um determinado contexto cultural.
Como vimos no texto existem dois modelos de letramento, o modelo autônomo, onde está centrado em textos escritos, na escolarização formal e não depende de novas estratégias e o modelo ideológico que entende que as práticas de letramento mudam segundo o contexto em que o aluno está inserido e a sua participação mais efetiva.
Analisando esses dois modelos de letramento, podemos dizer que a escola ainda, centraliza a sua ação, no modelo autônomo, num processo neutro, independente do contexto social, buscando apenas, desenvolver no aluno, habilidades de leitura e escrita.
Segundo o texto “Levando em consideração o fato de que os objetivos que nos interessa atingir no ensino são aqueles de uma pedagogia culturalmente relevante (Erickson, 1987) e crítica (Freire, 1980), devemos concluir, que o modelo ideológico do letramento, que leva em conta a pluralidade e a diferença, faz mais sentido como elemento importante para a elaboração de programas dentro dessas concepções pedagógica”.


Abraços!!!

Shirley

3 comentários:

Roberta disse...

Shy!!

O que tu pensas sobre esse modo de letramento que a escola está realizando? E a família como fica nesse contexto? Está inserida nesse processo ou está apenas mandando seus filhos para a escola sem participarem disso??
Aguardo tua reflexões sobre essas perguntas...
Abraços
Roberta

Shirley disse...

Oi Roberta!
Infelizmente, a realidade das nossas escolas, prioriza uma educação tradicional de autoritarismo, sendo o professor quem determina o que, e como, desenvolver os conteúdos, de forma mecânica e isolada. Percebo isso, na alfabetização que é concebida como a apropriação da leitura e escrita de forma descontextualizada. Este modo de letramento que ainda vemos nas escolas, não é o correto, pois entendo que a função da educação é oportunizar os alunos condições de atuarem na sociedade com autonomia e criticidade.
A família, ainda não participa da vida escolar dos alunos, deixando a responsabilidade da educação, apenas para as instituições, como se a educação fosse algo isolado da família e da sociedade em geral, como algo mecânico e isolado.
Nós professores precisamos envolver a família nas atividades escolares, além de conscientizá-los da importância dos mesmos, na vida escolar dos seus filhos, pois desta forma a escola juntamente com a família, proporcionará uma educação na busca de um indivíduo participativo, crítico e autônomo.
Abraços!!!
Shirley

Unknown disse...

boa tarde!!como vc definiria esses metodos no nosso ensino atual!