segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Currículo Integrado

A partir do texto “As origens da Modalidade de Currículo Integrado” de Santomé percebemos que a cultura escolar muito se assemelhou com os processos de produção “Taylorismo e Fordismo", pois naquela época os trabalhadores eram considerados inferiores às máquinas tecnológicas do momento. Sua função era meramente produzir, não tinham direito sobre a decisão do processo de trabalho, sobre o produto, as condições e o ambiente. Para os trabalhadores não eram exigidos nenhuma qualificação e por isso eles podiam ser substituídos facilmente, pois o trabalho era demasiadamente simples e mecânico.
Esta política de trabalho serve de comparação ao processo educacional da época. Na escola, era esperado apenas o desempenho final dos alunos, assim como nas empresas. Nestes ambientes o que se esperava de seus freqüentadores era a obediência e submissão. Tanto os trabalhadores, quanto os alunos não tinham o direito de intervir na forma como as empresas trabalhavam, nem os alunos nos processos educativos.
As práticas trabalhistas e educacionais daquele momento eram fundamentalmente fragmentadas, não estabeleciam nenhuma relação com a realidade e, portanto desconexas e sem sentido para trabalhadores e educandos. Nas indústrias o trabalho que predominava era fragmentado através de esteiras, no qual cada trabalhador era responsável por apenas uma única função, não entendendo sobre a totalidade da produção. Neste mesmo sentido observamos o funcionamento escolar, no qual o currículo era descontextualizado, distante da realidade dos alunos. Além disto, os conteúdos ensinados não tinham qualquer ligação entre si, impossibilitando a compreensão e construção de novos saberes. O objetivo da escola era formar cidadãos aptos a obedecer e produzir, suprindo as exigências do mercado de trabalho da época.
Como vimos, a fragmentação dos processos de produção e a cultura escolar estavam relacionadas, pois o mercado de trabalho exigia profissionais com habilidades limitadas à obediência e submissão, desta forma a escola buscava formar cidadão com este perfil.
Abraços!
Shirley

A cultura surda e comunidade surda

Entende-se que no Brasil com a sua diversidade de culturas regionais existentes, a comunidade surda, também faz parte desta pluralidade cultural. Por isso, é importante reconhecer que todos são capazes, com direitos iguais a qualquer outra pessoa, sendo ela ouvinte ou não e que possa assim sentir-se parte integrante da sociedade.
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), é a língua natural da comunidade surda, tem suas próprias estruturas gramaticais, que devem ser aprendidas do mesmo modo que outras línguas. Ela difere das línguas orais por utilizar a visão em vez da audição, sendo capaz de expressar e interagir com o mundo.

Assim como para nós, ouvinte é difícil à compreensão da linguagem utilizada pelos surdos (Língua Brasileira de Sinais), para eles, também é muito difícil o que falamos sem ajuda de um interprete por isso se não temos conhecimento da língua de sinais, podemos nos comunicar com as pessoas surdas, olhando nos seus olhos, fazendo gestos, dramatizando, utilizando expressões faciais e corporais.
Compreende-se por cultura surda o modo como o sujeito surdo entende o mundo e tenta modificá-lo, tornando-o mais acessível e habitável, oportunizando a pessoa surda maior autonomia e identidade com relação a sua cultura e necessidades.
É fundamental que nós, professores, tenhamos conhecimento da língua de sinais, LIBRAS, para podermos interagir e participar da cultura surda, compartilhando dos seus interesses, conhecedor de seu contexto e de suas necessidades.
Abraços!!!
Shirley

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Parecer CEB no 11/2000

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), a partir da Lei 9.394 no Parecer 11/2000, passa a ser uma modalidade da educação básica nas etapas do ensino fundamental e médio com finalidades e funções específicas, destinada as pessoas que não tiveram acesso ou que não conseguiram dar continuidade aos seus estudos, no tempo normal de escolarização.
Esta reparação irá garantir a esses cidadãos, o conhecimento e o desenvolvimento de suas habilidades e competências, num nível melhor de qualificação profissional e social.

Desta forma apresenta as seguintes funções:
Função Reparadora:
Permite o acesso a escolarização de qualidade, aos indivíduos, que não conseguiram se alfabetizar ou continuar os seus estudos, no tempo normal de escolarização.
Função Equalizadora: Busca restabelecer a trajetória escolar do indivíduo, o qual foi negado sua formação por qualquer razão, possibilitando a igualdade de oportunidades a todos os seres humanos.
Função Permanente: Propicia a todos os indivíduos a atualização de conhecimentos para toda a sua vida, também chamada de Função Qualificadora. Esta função é o próprio sentido da EJA.
Muitos destes jovens e adultos se encontram, por vezes, em faixas etárias próximas às dos docentes. Por isso, os docentes deverão se preparar e se qualificar para a constituição de projetos pedagógicos que considerem modelos apropriados a essas características e expectativas.Desse modo, as instituições que se ocupam da formação de professores são instadas a oferecer esta habilitação em seus processos seletivos. Para atender esta finalidade elas deverão buscar os melhores meios para satisfazer os estudantes matriculados. As licenciaturas e outras habilitações ligadas aos profissionais do ensino não podem deixar de considerar, em seus cursos, a realidade da EJA

Modelos de Letramento

A partir da leitura do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” de Kleiman, 2006, e da análise das imagens do Power Point, percebi que a escola, a mais importante agência de letramento, não está preocupada com o letramento social, mas somente com um tipo de letramento o escolar, como afirma a autora. A escola prioriza apenas a alfabetização, como processo de aquisição dos códigos (alfabético, numérico), a qual é concebida em termos de uma competência individual do aluno, sendo esta, necessária para o sucesso e promoção escolar.
As outras agências de letramento como a família, a igreja, a rua, etc. apresentam, também, orientações diferentes sobre esse mesmo letramento, mas que infelizmente, não é aproveitada na escola, devido à preocupação de alfabetizar os alunos de forma mecânica, com métodos tradicionais esquecendo-se dos saberes e experiências que eles trazem do seu contexto social.
Ler e escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-la, mas na possibilidade de usar esse benefício na forma de expressão e comunicação, reconhecidas e necessárias, legítimas em um determinado contexto cultural.
Como vimos no texto existem dois modelos de letramento, o modelo autônomo, onde está centrado em textos escritos, na escolarização formal e não depende de novas estratégias e o modelo ideológico que entende que as práticas de letramento mudam segundo o contexto em que o aluno está inserido e a sua participação mais efetiva.
Analisando esses dois modelos de letramento, podemos dizer que a escola ainda, centraliza a sua ação, no modelo autônomo, num processo neutro, independente do contexto social, buscando apenas, desenvolver no aluno, habilidades de leitura e escrita.
Segundo o texto “Levando em consideração o fato de que os objetivos que nos interessa atingir no ensino são aqueles de uma pedagogia culturalmente relevante (Erickson, 1987) e crítica (Freire, 1980), devemos concluir, que o modelo ideológico do letramento, que leva em conta a pluralidade e a diferença, faz mais sentido como elemento importante para a elaboração de programas dentro dessas concepções pedagógica”.


Abraços!!!

Shirley

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Múltiplas Linguagens

A partir do texto “A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais” de Maria Isabel Dalla Zen e lole Faviero Trindade, podemos perceber que não se fala, não se escreve ou não se lê, sempre do mesmo jeito, pois existe uma variação lingüística devido às diferenças culturais próprias de um determinado grupo social, sofrendo alterações na linguagem escrita e oral.
De acordo com Kleiman, 1995: "A escrita também não é uma modalidade fixa, não é sempre formal/ sofisticada/planejada, assim como a fala não é, em todas as situações de comunicação, informal/coloquial e sem planejamento."
As diferenças que ocorrem em relação à fala ou à escrita são a partir da multiplicidade de discursos, as maneiras diferentes que encontramos no cotidiano das pessoas em falar e escrever, pois tudo depende da situação que em que ocorre, como numa conversa com amigos, onde a fala, seria mais informal, usando um vocabulário simples, diferente de uma entrevista de emprego ou uma palestra que usaríamos uma linguagem mais formal.
Percebemos as mesmas diferenças na linguagem escrita, como no bilhete que escrevemos para um amigo, usamos um vocabulário mais simples, diferente de um documento, um ofício que tem exigências formais e técnicas para redigi-lo.
Podemos dizer que existe a linguagem falada mais formal, culta e uma linguagem mais simples do cotidiano das pessoas. Assim também, na escrita como uma linguagem acadêmica, com regras específicas e a mais informal.
Devemos trabalhar com os nossos alunos, apresentando esta diversidade sociocultural, possibilitando outras aprendizagens, novos conhecimentos, a questão do certo e do errado na linguagem, pois como há diferentes formas de falar, não podemos dizer que há culturas certas ou erradas.
Que a fala e a escrita nem sempre estão relacionadas e para que isso aconteça à escola deve mostrar, além da “língua padrão” de escrita, com regras ortográficas, que existem formas diferentes de escrever e falar o mesmo assunto, podendo assim conforme a situação em que se encontrar poder expressar-se adequadamente.
Abraços!

Shirley

Pedagogia de Comênio

A partir da leitura dos textos propostos no enfoque temático 2, da Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, percebi que encontro no meu cotidiano escolar elementos da pedagogia de Comênio, onde trabalho com meus alunos a partir da realidade das crianças, valorizando as suas experiências e potencialidades. Considero importante o trabalho com imagens, pois permite que o aluno faça a leitura da mesma, expressando-se oralmente, como preparação para futura alfabetização.
As idéias de Comênio foi um marco para a educação na sua época, propiciando mudanças na metodologia de ensino, e que até hoje, podemos perceber os vestígios das suas idéias, que encontramos em algumas das nossas escolas como educação para todos, construção do conhecimento através da experiência, observação e ação.
Segundo Jan Amos Comênio, "A proa e a popa da nossa Didática será investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais”.


Abraços!
Shirley

quarta-feira, 2 de setembro de 2009



Estamos iniciando o EIXO VII do Curso de Graduação em Pedagogia-Licenciatura_ 2009/2.

Nossa primeira aula presencial aconteceu no dia 27 de agosto com as Interdisciplinas de Linguagem e Educação e Seminário Integrador VII. Neste mesmo dia, fizemos uma homenagem a nossa Querida Professora Nádie que está nos deixando, para iniciar o Pos-Doutorado nos Estados Unidos. Sentiremos muito a sua falta, mas sabemos da importância de estarmos nos aperfeiçoando e para isso precisamos enfrentar novos desafios.

Professora Nádie...Obrigado por fazer parte da minha História Acadêmica/ Pedagogia UFRGS, que é muito importante em minha vida!

PARABÉNS!!! Sucesso nessa Nova Etapa em sua vida!!!

Te Adoro!!

Shirley