sábado, 25 de abril de 2009

Aprendizagem

Estamos sempre, em processo de aprendizagem, pois em todos os momentos de nossas vidas, estamos aprendendo e aprimorando os nossos conhecimentos sobre, nós mesmos, e o mundo.

Uma aprendizagem muito significativa que ocorreu comigo, foi quando me deparei com as tecnologias da informática, onde minhas noções apenas eram de ligar e desligar o computador, digitar textos no word e salvá-los.

Quando passei no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ufrgs, Pedagogia à distância, percebi que teria muito que aprender sobre as novas tecnologias da Informação e comunicação, pois um novo ambiente totalmente virtual e desconhecido faria parte na minha vida, a partir daquele momento.

Com as experiências prévias sobre este mundo virtual, comecei a pesquisar e procurar, saber mais. E, para isso, durante o primeiro semestre da faculdade, compareci todos os dias, no pólo de Três Cachoeiras para conhecer e compreender melhor as ferramentas virtuais para realizar, os meus trabalhos da faculdade, os trabalhos da escola e, também, para o meu uso pessoal.

A partir do texto Epistemologia Genética e construção do conhecimento de Tânia Beatriz Iwaszko Marques, “As estruturas já construídas garantem a continuidade, porém reformuladas graças as nossas assimilações. Os novos elementos que obriga o sujeito a realizar acomodações das estruturas já existentes”.

Quando consegui fazer o meu e-mail e msn, foi muito gratificante e importante para mim, pois a partir deste momento comecei a ter contato virtual com professores, tutores, amigos e familiares, derrubando, finalmente, as barreiras da distância entre as pessoas.

Os conhecimentos adquiridos não paravam por ai, então, fui me aperfeiçoando e construindo novos conhecimentos a respeito das tecnologias da informática.

“Portanto, quanto mais se constroem estruturas de assimilação, mais se abrem possibilidades para aprender. Por outro lado, quanto mais se aprende, mais se constroem estruturas de assimilação, o que garante condições para novas assimilações”. (Becker, 2001, p. 20-1)

Quando apareciam as dificuldades conversava e trocava idéias com os professores e colegas da faculdade, utilizando principalmente as ferramentas como e-mail e msn.

Quando senti que podia interagir com segurança, no mundo virtual, sem medo de errar, descobri que é através dos erros, que conseguimos superar as dificuldades e avançar para novas aprendizagens, passei para uma nova fase da criação do meu bloggler, do pbwiki e do webnote.

O erro é algo nerente ao processo de aprendizagem, pois a superação do erro resulta no processo de incorporação de novas idéias e da transformação das anteriores, de maneira a dar conta das contradições que se apresentarem, para assim, alcançar níveis superiores de conhecimento.

A influência das tecnologias da informação e comunicação foram essenciais e importantes na minha vida, pois deu a continuidade dos meus estudos na faculdade, realizando as atividades e pesquisas, pela internet e postando-os no ambiente Rooda. Ainda, hoje, continuo descobrindo novas ferramentas que só vêem a contribuir para novas assimilações.

“A assimilação funciona como um desafio sobre a acomodação a qual faz originar novas formas de organização”. (Becker, 2001, p. 20-1)

Na escola que leciono, organizo atividades e realizo com os meus alunos pesquisas de acordo com o projeto que estamos desenvolvendo. Na minha vida pessoal, entro em contato com amigos e familiares com mais freqüência, estando-os mais próximos, apesar da distância.

“É a ação do sujeito que constrói este novo e fascinante mundo: o mundo do conhecimento – como forma e como conteúdo”. (Becker, 2001ª, p.20).

Dilema Ético

Após, analisar os argumentos realizados pelo meu grupo, que deveria refutar e contestar a decisão do Antropólogo francês, com os contra argumentos, do grupo 3 que defenderia a posição do mesmo, percebi que no primeiro momento, quando li o texto “O Dilema do antropólogo francês”, tinha a mesma visão do grupo que defendeu as atitudes que ele tomou, onde mentiu aos nativos sobre que todos os homens brancos eram mensageiros dos Deuses.
O francês estava certo em não interferir nas crenças e na cultura de muitas gerações, pois é daquela forma que aquele povo acredita e vive na qual deve ser respeitada e valorizada.
Mas, quando tivemos que argumentar contra a atitude dele, comecei a analisar melhor a situação e percebi que nem tudo que parece certo é realmente o correto, que deveríamos ver os dois lados e tomarmos uma decisão com um novo olhar, mais crítico e observador.
Mesmo sendo um pesquisador, o antropólogo francês, foi ambicioso e ganancioso, pensando apenas nos seus ideais e princípios de explorar e conhecer aquele povo sua cultura e crenças, deixando-os a mercê de pessoas inescrupulosas que poderiam levá-los a morte.
Ele não deveria afirmar algo, que não era verdade, pois mesmo não querendo interferir na vida daqueles nativos, esconder ou negar a verdade, deixa claro, que os povos não devem conhecer outras realidades, o que é uma ignorância das pessoas que pensam assim.

A Diversidade Étnica e a Formação da Família

Trabalhar com a noção de família é a melhor maneira de aprofundar as diversidades culturais existentes na sua realidade mais próxima, mostrando ainda que ela difere no tempo e espaço, conhecendo assim suas origens, seu desenvolvimento, suas semelhanças e diferenças.
Comecei o meu trabalho conversando com os alunos sobre a família, suas origens e costumes. Os alunos relataram oralmente o que sabem sobre a sua família: quem a compõe, quantas pessoas, se sabem o nome completo dos pais, avós, tios, primos, etc.
Desenharam a sua família e confeccionaram as casa onde moram, utilizando palitos de churrasquinho. Organizaram perguntas, onde os alunos iriam realizar em casa com os pais e também, deveriam trazer fotos da família.
Confeccionaram a árvore genealógica, com os membros da família e descobriram as suas origens, destacando as diferenças étnicas e seus costumes. Após, montaram o mosaico com fotos das famílias e perceberam que não havia negros e nem índios entre as pessoas ali expostas, mas descobriram que um colega, era bisneto de índio, pois ele comentou que seus pais haviam falado sobre o bisavô, porém não tinham fotos dele.
Realizaram um texto coletivo com as descobertas sobre as famílias da nossa turma, suas diferenças existentes e origens. É importante o respeito à diversidade, a individualidade de cada um e reconhecer a existência de diferentes modos de ser e viver, principalmente na família, na escola e na sociedade, onde vivemos numa pluralidade cultural.
Esta atividade foi realizada com a minha turma: EJA II, com idade entre 16 e 20 anos, da Escola de Educação Especial João de Barro APAE de Três Cachoeiras.